quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Hannah






Depois do trauma de perder a Tila, (contei sobre ela na postagem anterior) eu entrei em contato com a pessoa que a vendeu para mim e contei o que aconteceu, aí eu fiquei sabendo que a mesma fêmea mãe deTila havia acasalado novamente com o mesmo cão e a ninhada nasceria em uns 30 dias. Foi aí que aconteceu a entrada da Hannah em minha vida. Ela nasceu num dia 12 de outubro, e no dia 13 eu já estava visitando a ninhada e já torcia por ela, que era a única tricolor de 8 filhotes. Ela veio pra casa com 42 dias, se adaptou super bem e cresceu satisfatoriamente. No entanto quando as pessoas que não são criadores sérios deixam acasalar uma fêmea no cio com um macho disposto a cruzar, apenas para vender filhotes e não se importam muito com o padrão da raça, algo errado pode acontecer... Quando Hannah era uma filhotona ainda, eu notei que durante as brincadeiras com a bolinha ela errava o pulo ou perdia a bolinha de vista. Levei num veterinário e ele me falou que isso não tem solução, é genético(ela herdou de seus pais) e que a tendência seria ela ficar completamente cega. No momento Hannah está com 7 anos, e já passei alguns sustos devido à visão deficiente dela. Por esses motivos todos (de ela não ter pedigree e não enxergar direito) optei desde cedo por nunca usar a Hannah em acasalamentos, e ela é o que os criadores sérios chamam de PET, o cão de companhia que não é usado na reprodução. Apesar da visão deficiente ela sempre surpreende com seu temperamento querido, seu modo carinhoso de ser, sua obediência e sua beleza. "Nana", como é carinhosamente chamada, foi presente de meu marido, da época que ainda éramos apenas noivos, e Tila também foi presente dele.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tila






Hoje vou contar a história da Tila.
Após a morte do Duque, na postagem anterior, eu fiquei sem collies por um tempo.
Foi aí que eu procurei pelo Kennel Clube e pedi o telefone de criadores de collies.
O Kennel me deu três telefones, um deles de uma moça que em seguida deixou de criar a raça, outro de uma pessoa que nunca quis me mostrar seus cães e o terceiro da pessoa que nos vendeu a Tila.

Só que a Tila veio sem pedigree, por um preço bem mais em conta, então eu já sabia que não iria poder ter ninhadas dela, por não achar justo com a raça a atitude de permitir uma fêmea sem pedigree no cio acasalar com um macho qualquer, que apenas fosse capaz de acasalar com ela. Mas mesmo assim estava feliz, ela seria minha companheirona e estava pra lá de bom.

Aos 9 meses ela morreu, assim... de repente. No dia anterior ao de sua morte a levei passear, e foi até bem divertido. Mas na manhã do dia seguinte ela estava mal, foi levada a um veterinário que prescreveu uns medicamentos e a liberou para receber a medicação em casa. Só que ali no comecinho da tarde eu notei que ela piorou, e só tive tempo o bastante de chamar um pet taxi, chegar com ela na clínica já agonizando e ela morrer 2 minutos depois.
O veterinário me pediu, e eu permiti, para investigar a causa da morte dela: Pancreatite.
Aí ele me perguntou que ração eu costumava dar a ela. Era uma ração COLORIDA, de uma marca conhecida. foi aí que eu soube que esse problema já havia ocorrido outras vezes em outros cães, e a partir daí passei a usar só ração sem corante.
Até hoje eu oriento as pessoas que me consultam sobre os dois NÃOS da ração:
Ração do supermercado: NÃO.
Ração colorida e/ou aromatizada/saborizada: NÃO

Foi um imenso trauma pra mim perder a Tila dessa forma. Um dia antes de ela completar 10 meses.
Não sei se fui eu que não soube "ler" nas atitudes dela que algo não ia bem, ou se o problema veio com tanta força que não deu tempo de socorrê-la.
Ela era uma filhotinha muito querida e inteligente, que aprendeu muitos truques rapidamente, e passou pela minha vida mais rapidamente ainda, mas levou com ela um pedacinho do meu coração, que já estava fragmentado pela perda da Lassie e do Duque.
Ficaram as lágrimas e a saudade...